Voltamos aqui à antena d’A Vida Dum Carola e com o Mundial de Futebol em andamento deixamos o relato do dia mais trágico da carreira futebolística deste prodígio do “mau jogar à bola”:
Agora vocês imaginam este senhor a relatar sff...
“E lá está ele, Nuno Carola, 13 aninhos no pêlo, ouve a bola a bater na grade metálica, olha pela janela do quarto. O rapazinho é bem humilde, mas olha lá bem de cima do quarto andar de onde vive. Estão lá alguns dos seus amigos, o dia é de sol e dá para uma bela jogatana no ringue, pensa ele.
Lá vai ele procura uns calções, uma t-shirt, meias e uns ténis — atenção menino, não troques os pés — está pronto! Não está para brincadeiras hoje, faz o aquecimento a grande velocidade enquanto desce as escadas do prédio. Chegado ao ringue está pronto para começar a mostrar toda a sua falta de qualidade no manejo da redondinha. Como sempre as equipas vão se formando e ainda há quem dê uma oportunidade a este cocho como só Deus sabe.
O rapazinho lá vai andando, porque correr é um bem escasso naquelas pernas, e vai ajudando como sabe, ou quase sem saber, a mais uma vitória os adversários. O futebol para este menino é como o português para o Jorge Jesus: só para ver e apreciar a sua beleza!
Contínua o seu jogo como sempre, reclamando muito e jogando pouco, mexe esse cú seu gordo e deixa de reclamar rapaz! O Obeso parece que me ouviu, olha ele… o que é que isto?! Ele corre… é milagre! Já percebi, a bola foi parar aos pés do mais franzino e realmente os opostos atraem-se! Já lá está, o tractor de banhas, perto do metro e meio traquina, tenta proteger a bola, o Yokozuna cocho tenta olhar por cima do ombro do canito e… Elah o que é que se passou ali?! Queres ver que o David mordeu ao Golias?! O Gordo queixa-se do dedo mindinho, o pequeno nem sabe o que fez, realmente nem fez nada, aquele animal é que é tão mau que aleija a mão num jogo onde se joga com os pés, parece que o jogo para ele acabou!”
Imagem ilustrativa:
um mau dia para a mão esquerda, um bom dia para o Mundo do Futebol em geral
E foi assim que aqui o filho mais novo da minha mãe partiu um dedo: a olhar por cima do ombro do adversário! Valeu-me boas horas de dores, talas e gozo. Até me condecoraram com o nome “Bate com a esquerda”! Mentira, eu nem bati em ninguém!
Oh Ronaldo não me lixes, eu não bati em ninguém já disse!