Olá a todos, está uma bela segunda-feira… para quem se está a refrescar numa praia ou numa piscina! O assunto de hoje aqui d’A Vida Dum Carola é bastante sério.
Todos nós, adultos (se ainda não és adulto — e embora isso me custe visualizações — a bem da tua sanidade mental, não frequentes este blogue), sabemos que quando somos crianças temos mais certezas que dúvidas, mas com o passar dos anos a coisa vai-se invertendo e chegamos a adultos, cheios de dúvidas: em relação à profissão, ao amor, à qualidade de vida, à saúde, filhos, animais, etc. Dúvidas e mais dúvidas que em criança nem sequer nos passam pela cabeça, senão vejamos: já algumas vez viram uma criança ir à bruxa?!
E o Nuno Carola “versão 6-10 anos” também era assim, cem dúvidas (é cacete será este cem ou o outro sem?! Já estou na dúvida…), tanto que um dia ao olhar para uma publicidade na TV disse à minha avó:
— Avó olha ali, estás a ver aquelas duas bonecas, quero, quero muito, dá-me, vá lá…
Não são destas bonecas, seus tarados!
Quem é hackeou o meu computador?!
P.S: Para desfazer as vossas dúvidas
— Ó rapaz, mas tu ainda és muito novo para isso e eu sei lá como é que te podia arranjar essas duas… (a forma como eu consigo saber exactamente a forma como a minha avó me respondeu já vai para lá de sobrenatural, modéstia à parte)
E é nessa altura que entro em modo “cem/sem (a dúvida contínua) dúvidas”:
— Não dás, não dês... mas olha essas duas vão ser minhas dê por onde der!
— Ó Nuno se tiveres uma já é uma sorte, quanto mais as duas e ao mesmo tempo (as coisas que a Dona Adélia sabia já, nota-se que já tinha sido depois da sua operação à vista?!)
Pronto, a partir daí fiquei com um ódio de estimação à minha avó, que durou uns… três minutos no máximo! Ao ver-me triste, a pobre coitada decidiu motivar-me:
— Nuno, sabes que a avó não te pode dar tudo o que tu queres, tens que parar com essa birra (qual birra?! Nunca fiz uma birra na vida…) e a única coisa que te posso dizer é que se te portares bem, tirares boas notas e te tornares um adulto exemplar, a avó promete que vai tentar ver quem são elas e depois a partir daí logo se vê!
Pronto, a partir daí fiquei com um amor de estimação à minha avó, que dura até ao fim da vida… não da dela, não da minha, mas da Vida no Universo (acho que chega).
Senti-me motivado na escola, e quando não estava ocupado com esses afazeres escolares a minha cabeça só conseguia imaginar as horas de prazer que ia ter com aquelas duas (um gajo quando é criança é mesmo optimista, tanto na duração como na quantidade, realmente…)!
Como eu queria que o tempo passasse e trouxesse aquilo que eu mais tinha desejado até então na minha vida. E lá o tempo foi passando e fazendo o seu trabalho até que… bem mais cedo do que alguma vez imaginara… a minha avó chegou ao pé de mim e disse:
— Como prometido e porque cumpriste todos os teus deveres sempre, aqui tens… aqui estão elas… A “Powmer” (a minha avó não sabia dizer ok?) Ranger Amarela e a Cor-de-Rosa!
Isto é que foram horas sempre a dar... Go Go Power Rangers!