Olá pessoal, bom dia a todos. Vamos falar de livros? Já que insistem… vamos a isso! O livro de hoje foi uma oferta fora de época, mas quando se conjuga oferta com livros quem é pode recusar? Depois de ler a sinopse ainda fiquei mais curioso. Sabem que estranhamente, ou talvez não, para mim que não acredito em religião nenhuma (isto dava pano para mangas, se quiserem podemos falar sobre isso nos comentários) a maioria de livros que envolvam o tema de alguma forma, já me deixam curioso. Incoerente?! Welcome to my life!!!
Do autor Luís Miguel Rocha e na edição da Paralelo 40º, temos “Bala Santa”, um título já de si bem sugestivo e com uma capa bem explícita. A história centra-se na tentativa de assassinato a João Paulo II em 1981. Quem sabia o que se iria passar? Quem planeou tudo isto? É o que vamos descobrir ao longo de 500 páginas!
O enredo é cheio de personagens, espiões, ficheiros secretos, mas ao mesmo tempo também tem um muçulmano que vê a Virgem Maria (A irmã Lúcia não vê Alá, por exemplo…). Parece um Thriller bem encaminhado para me entreter horas a fio. E entreteve muito na sua imprevisibilidade sobre o rumo que a história iria levar, até porque acontece que a acção flutua entre o presente cheio de perseguições e mortes, mas entre um passado que vai enquadrando certas personagens no presente!
Depois, muitas traições e jogo duplo, que às tantas já não sabia se estava a ler um livro ou um relatório de um reality show da TVI. Deus me livre!! Isto parece pôr o livro no bom caminho, mas o enchimento constante com “palha” para quase literalmente dizer no fim do parágrafo: “Mas isso agora não interessa nada”, quase como a Teresa Guilherme (não sei, isto hoje está muito virado para aqui… Senhor ajude-me).
Outra coisa que não gostei e que foi bastante presente, ao ponto de ser frustrante, foi o uso de palavras pouco usuais que no meio de uma acção que se quer fluída e o centro da narrativa, me fazia perder o foco e ganhar um ódio de estimação pela palavra “perquire. Desculpa, Perquire, Deus me valha se não queria que nos tivéssemos dado melhor… Deus sabe que sim…
Por isso, foi com um sentimento ambíguo e com uma leitura mais demorada do que tinha esperado que tive que avaliar este livro. Dei-lhe 3 estrelas no Goodreads, porque pesei a coisa da seguinte forma: história, imprevisibilidade, nota 4, mas o estilo de escrita não me agradou e seria nota 2, sendo a avaliação a média destas duas, porque no fundo, eu sinto que gostei do livro, mas quem, com este enredo, o potencial seria para o ter adorado.
Estando longe dos comparáveis Dan Brown e José Rodrigues dos Santos, não descarto a hipótese de em outra altura voltar a ler um livro deste autor, embora tenha que ser necessariamente um livro mais pequeno, para conseguir avaliar e descortinar diferenças entre as duas obras. A missa já vai longa, espero que tenham gostado, boas leituras. Ide em paz e que o Senhor vos acompanhe, Ámen!