De: Mim
Para: Bashar al-Assad, Vladimir Putin, Kim Jung-un, Hassan Rohan, Donald Trump, Emmanuel Macron, Theresa May, António
Guterres.
Data: No dia em que ouvi uns foguetes.
Thumbs up se o autor deste blogue é o maior
Meus grandessíssimos não-abortos acima referidos gostava de comunicar, em meu nome e de mais uns quantos milhões, não tenho intenções de ir para a guerra à vossa conta.
Primeiro por razões individuais de anatomia: vejo mal, tenho 1,83m distribuídos por mais de 100 quilos de peso (em caso de guerra, morto). Com tudo isto, acredito que o “inimigo”, de quem eu me fosse obrigado a defender, não seria vesgo o suficiente para não me acertar um balázio bem assente no crânio ou no peito. E se é verdade que no peito ainda teria que passar por muita gordura, no crânio seria fácil chegar ao interruptor que desliga isto tudo, e parecendo que não, em ambos os casos, aleija.
Num âmbito mais alargado, não vejo que exista alguma razão (se é que alguma vez houve) para uma data de desconhecidos irem para um país fazer turismo obrigatório à lei da bala e das armas químicas.
Duas ideias estrondosas de paz...
Sim, eu não sou insensível, e tenho muita pena de todos os povos que sofrem com guerras às quais, a maioria deles, só pedem que acabem e nem interessa quem ganha. Até porque normalmente quem ganha pouco quer saber das pessoas (já com os governos acontece o mesmo), por isso deixá-las em paz já seria uma vitória. Agora eu ir para lá chateá-los e eles chatearem-me, morte para lá, morte para cá, faz tanto sentido como deixar o Trump mandar no Estados, cada vez menos, Unidos. Espera lá…bem, esqueçam esta ideia, o que eu queria dizer é que não me dá jeito nenhum ir para a guerra.
Por isso, e porque eu não sou do tipo de criticar sem pelo menos ter algo para acrescentar e tentar melhorar a situação, cheguei a esta ideia que tenho a certeza trará mais consenso, pelo menos entre todos aqueles que seriam obrigados a ir para uma guerra a vosso mando. Vou propor isto a todas as estações de televisão:
Fazíamos um torneio de moeda ao ar entre vocês, começando nos quartos-de-final até se achar um vencedor. Como prémio, o vencedor de cada ronda poderia matar o adversário da forma que quisesse. No fim os países continuariam independentes, iriam eleger novos governantes (livremente por voto ou por sucessão) e o grande campeão teria sobrevivido, o que já era prémio mais que suficiente, e no futuro certamente consideraria com mais calma a possibilidade de entrar em guerra.
Vamos ao jogo?
Acho que está aqui a chave para a paz mundial, não concordam?! Nunca viram uma ideia tão estúpida e sem sentido?! Como assim nunca viram algo deste género?!
Não são vocês que brincam à moeda ao ar com os nossos destinos?! Não nos matam como e quando querem?! Por amor à pátria?!
Amor à pátria é bem diferente de defender os interesses, egocêntricos, superficiais e egoístas de quem manda nessa pátria. Lembro-me de um homem que existiu no século passado, que por achar que defendia a sua definição de pátria e nação, exterminou milhões de judeus. Depois deste tempo todo, hoje em dia isso só parece estúpido.
Separados no tempo, unidos na estupidez!
Eu sei que para vocês não é fácil, mas por favor, não façam mais nada estúpido. Não façam de nós (aqueles que não tem culpa nenhuma disto) os vossos judeus.
Atenciosamente nós, aqueles que não têm, nem querem ter nada a ver com os vossos interesses.