No Escuro — Cara Hunter — Opinião - Carola Ponto e Vírgula

Olá pessoal, prontos para mais uma opinião?! Antes e uma vez que já chegamos a meio do ano, digam-me, qual é que foi a vossa melhor leitura até agora? E já agora, qual a maior surpresa e a maior desilusão nestes primeiros seis meses?

O livro de hoje é o segundo que leio de Cara Hunter: “No Escuro” (título original: “In The Dark”) editado em Portugal pela Porto Editora. Este foi o também o segundo livro do mês de Maio que o meu par escolheu para o #chooseforme, a @chuvadeletras__ (também ela organizadora do projecto em conjunto com @randygirlstuff).

A história começa com a descoberta de uma mulher e uma criança em risco de vida presas numa cave. O pior de tudo é que o proprietário, já muito velho e confuso, jura que nunca as viu e mais intrigante que isso, é não haver qualquer indício ou relato do desaparecimento desta mulher.

Primeiro há o choque natural da descoberta por parte da vizinhança, depois há que descobrir, e arranjar forma de provar, se aquilo que parece ser o mais óbvio foi mesmo o que aconteceu. É para isso que o detective Adam Fawley está encarregue deste caso, porque ele sabe que nem sempre o mais óbvio corresponde à verdade.

E se há coisa que esta autora nos habituou com o livro anterior foi a isso, a esperar o inesperado e neste livro ainda se torna mais evidente com o avançar da investigação. Novamente com o formato sem capítulos mas diferenciando documentários, notícias, mensagens, interrogatórios, tudo tem o seu formato e letra específico, muito bem pensado pela autora, mantendo-nos sempre presos à história.

Realmente há livros em que por vezes a sinopse já mostra demasiado ou acaba por nos levar no sentido errado, aqui não, a sinopse revela o que pode, mas ficamos tão longe de imaginar por onde esta história nos vai levar e como há personagens bem macabras e completamente doidas.

Adorei a forma como acompanhamos a investigação e como ela nos leva a suspeitar de uma personagem para depois nos deixar a suspeitar de outra e no fim volta a deixar-nos com a certeza de que só pode ter sido a nossa primeira suspeita. A autora leva-nos na palma da mão por onde quer até finalmente descobrirmos que estávamos enganados e pior que isso, que adoramos estar enganados porque ela conseguiu escrever uma história bem mais surpreendente do que aquela que poderíamos ter imaginado.

Dei 5 no Goodreads e aquele final foi a cereja no topo do bolo. O nome da cereja devia ser Karma e nós já sabemos que Karma is a b… No entanto e depois de ter pensado muito no assunto, não consegui dizer qual dos dois livros da autora é o meu favorito. Este está ainda demasiado fresco para que consiga ser imparcial. Mas não é isso que interessa, o que interessa é que os dois foram excelentes e venha de lá o próximo!

Espero que tenham gostado desta review, continuem a ler muito, mantenham-se protegidos o máximo que conseguirem, comentem, boas leituras, obrigado por estarem aí e até à próxima.