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Carola Ponto e Vírgula

Carola Ponto e Vírgula

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Olá pessoal, cá estou com mais uma opinião fresquinha. Desta vez, será sobre a última leitura do mês de Setembro, “O Despertar do Mundo” (título original: The Aftermath) de Rhidian Brook, editado em Portugal pela ASA.

Como já tinha dito nas minhas redes sociais na altura em que apresentei esta nova leitura, este livro foi-me emprestado, fugindo ao muito do meu estilo preferido. Por falar em fugir, também já tinha dito, eu fujo deste tipo de capas a uma velocidade tal para os meus padrões que pareço um atleta olímpico de Marcha. Eu sei, não se deve julgar um livro pela capa, mas vocês também julgam que eu sou minimamente inteligente, por isso, estamos quites!

 

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Esta história passa-se em 1945 após a derrota nazi na Segunda Guerra Mundial e conta-nos a chegada do coronel britânico Lewis Morgan a Hamburgo, cidade repleta de famílias desalojadas e crianças esfomeadas. Cabe ao coronel restabelecer a paz nessa área e para isso o governo inglês requisita uma casa para acolher toda a família Morgan: o coronel, a sua mulher, Rachel e o seu filho Edmund. O proprietário da casa (diga-se antes, mansão) é Herr Lubert e a sua filha Frieda, que apesar de tudo contam com a bondade do coronel que decide que as duas famílias devem partilhar aquela mansão.

 

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Claro está, que esta decisão traz consigo muito desconforto entre todos os habitantes e haverá tantas guerras, segredos e traições dentro daquelas quatro paredes quanto o caos que se encontra naquela cidade devastada pela guerra. Gostei da forma como as personagens foram construídas e desconstruídas ao longo do livro, como a intolerância foi sendo contornada e como a paz foi sendo criada naquela habitação, nem sempre pela via mais lógica da paz e compreensão pelo próximo, mas através do confronto que, contrariamente ao que se possa pensar, acabara por ser conciliador.

 

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Gostei também de ver a história da perspectiva alemã, as dificuldades das pessoas que nada tiveram a ver com a guerra criada pelo governo nazi, mas que ainda assim tiveram que demonstrar a sua inocência perante as autoridades vencedoras.

 

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Adorei o facto de a história ser baseada em factos reais e mais concretamente no avô do autor, que decidiu partilhar a casa com o “inimigo”. O que não gostei foi de que todo o texto em alemão não estar traduzido ou ter notas de tradução, lamento mas o meu alemão está ao nível do meu chinês: deixa-me de olhos em bico! Eu não gosto de ler e ao mesmo tempo ter que andar a pesquisar um tradutor e a traduzir a cada novo par de páginas, prefiro ficar na ignorância e foi isso que aconteceu. Não que tenha sido por isso que não gostei da história, mas foi com certeza o ponto mais negativo desta leitura.

 

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Ainda assim, gostei deste livro e dei-lhe 3 estrelas no Goodreads, não deixou de ser melhor do que aquilo que esperava inicialmente. Sei que não é um livro muito conhecido e falado por essa internet fora, por isso daí já alguém o leu? Como foram as leituras de Setembro? Quais os vossos planos literários para Outubro? Estão muito longe ou muito perto de cumprir a vossa meta anual de livros? Mais uma vez muito obrigado, até à próxima e boas leituras!

 

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