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Carola Ponto e Vírgula

Carola Ponto e Vírgula

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Olá pessoal, como vão essas leituras? Já tiveram alguma desilusão literária este ano? Eu por agora ainda não tive nenhum livro que não gostasse, é provável que vá acontecer mais tarde ou mais cedo, quanto mais não seja por expectativas demasiado elevadas. Então o livro de hoje é só um dos mais conhecidos de todos os tempos e o mais conhecido envolvendo a época da Segunda Guerra Mundial. Mas quem é que nunca o tinha lido?! Eu, pois está claro! Acreditem, há muitas coisas que só eu… 90% delas, não são boas!

Vamos então falar do livro que eu escolhi para participar no projecto da @dorasantosmarques, o #hol75: “O Diário de Anne Frank”, editado em Portugal pela Livros do Brasil! Sim, é verdade, já li umas coisinhas sobre a Segunda Guerra Mundial, campos de concentração, mas nunca tinha lido o diário mais famoso do mundo. Agora é aquela parte em que fazemos um minuto de silêncio em memória do tempo perdido pelos meus pais a fazer um gajo tão estúpido como eu… não quero cá aqueles aplausos como no futebol, como se eles tivessem feito um bom trabalho! Silêncio por favor.

 

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Agora que toda esta estupidez já se foi, falemos então de Anne Frank que se vê forçada, juntamente com a família e outros judeus, a esconderem-se num anexo secreto em Amesterdão durante a ocupação nazi. A partir daí, vamos acompanhando o relato da pequena jovem ao seu diário ao longo dos dois anos em que partilhou aquele anexo.

 

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Neste relato vemos uma criança a passar para o papel todos os seus pensamentos e eu cheguei a sentir várias vezes que não devia estar a ler aquilo, um diário não se partilha, a não ser que seja o Diário de Anne Frank… Ela fala mesmo com o diário, dá-lhe até um nome, conta todos os seus problemas e as opiniões sobre todos aqueles que ali estão a viver com ela, mas também ficamos a saber as suas ideias sobre tudo aquilo, sobre a guerra, sobre alguns políticos, ela fala-nos, literalmente, sobre tudo.

Neste diário conseguimos perceber o crescimento de Anne Frank, como ela passa de uma menina com uma vida boa para uma mulher (ainda que com 15 anos quando foi presa) com uma vida repleta de privações.

 

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Anne Frank vai-nos dando lições, umas atrás das outras, de que mesmo naquela situação desesperante, ainda pode existir felicidade. É um exemplo de resistência, de boa disposição, por vezes, de mau feitio, mas que ainda assim faz por carregar o seu fardo sozinha. Dói muito ler que mesmo nos momentos mais difíceis, a pequena grande Anne, consegue manter uma esperança cega que tudo se iria resolver e que iria sair dali rumo a uma vida grandiosa num mundo em paz. A vida pode não ter sido grandiosa, mas esta obra que nos deixou, é!

 

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Como não poderia deixar de ser, dei 5 estrelas no Goodreads, mas não o posso recomendar a ninguém porque eu devia de ser o único triste que ainda não tinha lido este diário. Mais outro minuto de silêncio? É melhor… Pronto, com este livro, tratei de mais um clássico. Entre os livrólicos devo ser o que menos clássicos leu… E vocês, qual é o grande clássico que está na vossa lista, mas que ainda não leram? Até à próxima, comentem como se não houvesse amanhã e boas leituras!

 

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