Olá a todos, bom fim-de-semana e bem-vindos a mais uma opinião aqui no blogue.
Hoje temos uma leitura fresquinha, “O Poder” de Naomi Alderman da Edições Saída de Emergência.
Este livro foi uma das leituras do mês passado (as leituras deste mês de Agosto estão a votações no Stories do Instagram do blogue, passem por lá e votem) e ia com uma grande expectativa para este livro.
A começar pela capa. Que maravilha, quem consegue resistir a não comprar este livro com esta capa tem o meu respeito, é um herói ou heroína!
Depois com a sinopse a nossa curiosidade só tende a aumentar. Não me assusta que na realidade existisse uma mudança de paradigma e que o sexo "forte" passasse a ser o feminino, mas mete-me medo pensar que pudesse ser algo idêntico ao que nos mostra esta história a catapultar essa mudança. No dia em que isso acontecer, minhas estimadas senhoras, eu sou da paz, não me façam mal!
A história é-nos narrada através de várias perspectivas de cada uma das personagens, entre elas, um homem. Também é importante perceber o ponto de vista de um homem que vê e sente estas mudanças em primeira mão. Até a noção de Deus, ou a sua sexualidade, é transformada e é também por aí que a trama avança!
“Abigail pergunta:
— Depois, o que fazemos?
Eva diz:
— Depois, Deus mostrar-nos-á o que Ela quer de nós.
E esta designação no feminino é um novo ensinamento, e bastante chocante. Mas elas compreendem-no, cada uma delas. Têm estado à espera desta boa notícia.”
Gostei bastante das várias personagens, da forma como percebemos o que pensam e porque pensam de determinada maneira, são bem desenvolvidas e cada uma delas é importante à sua maneira. Houve capítulos bastante surpreendentes que me mantiveram colado à trama página após página.
“— Foi como fazer parte de uma onda — diz. — Uma onda do oceano parece poderosa, mas só existe por um momento; logo a seguir, o sol seca as poças e a água desaparece. Depois, é como se nunca tivessem existido. Foi o que se passou connosco. A única onda que muda alguma coisa é um tsunami. É preciso deitar as casas abaixo e destruir a terra, se quisermos ter a certeza de que não cairemos no esquecimento.”
O final é satisfatório e uma boa conclusão para uma história cheia de acção e de mudanças, mas preferia algo mais arrojado. Não sei se é possível considerar este livro como “fantasia”, mas é assim que o vejo, devido à premissa irrealista do aparecimento do poder. Sendo assim, foi o meu primeiro livro de fantasia e gostei da experiência. Aconselho muito a leitura sendo muito provável que se tiverem de férias o devorem num instante.
Espero que tenham gostado, que comentem, se já leram, se estão curiosos depois do que escrevi. Digam de vossa justiça. Obrigado, bom fim-de-semana e protejam-se deste calor! Até à próxima.
“Não tenhas medo. A única maneira de derrotar isto é não ter medo. Mas a sua parte animal tinha medo. Há uma parte em cada um de nós que se mantém agarrada a essa verdade tão antiga: ou somos o caçador ou a presa. Temos de saber qual somos. E agir em conformidade. A nossa vida depende disso.”