Olá pessoal, como vai esse desconfinamento? Eu tenho-me mantido responsável, tanto que este ano nem saí para festejar o meu dia! Pois é, chegou o Dia da Criança e eu fiquei em casa! Triste sim, mas necessário. Por isso, decidi festejar este dia fazendo a leitura de um livro infantil que me foi oferecido no meu dia de anos, que para quem não sabe é no dia 29 de Maio (agora escusam de me vir dar os parabéns atrasados, até porque eu sou atrasado desde desse dia em 1987 e não só agora!). Só por si, esta prenda atesta bem o nível de maturidade que os meus amigos pensam que eu tenho… Isso ou o facto de eu não ser um leitor desde criança…
Dito isto, temos então “O Principezinho” (título original: “Le Petit Prince”) de Antoine de Saint-Exupéry editado em Portugal pela Porto Editora. Esta edição que me ofereceram, com 1ª edição de Janeiro de 2015 e reimpressão de 2019, diz ser de acordo com a edição original de 1943 e conta com prefácio de Valter Hugo Mãe, aguarelas do autor e ainda com um guia de leitura, essencial para que compreendamos todas as mensagens que devemos reter de cada capítulo.
A história começa quando um aviador que aterra no deserto e encontra um principezinho que diz ser de outro planeta. A partir daqui eles falam muito sobre as diferenças entre o nosso planeta e o planeta do principezinho. A cada final de capítulo são-nos feitas questões que tem a resposta e o seu significado mais amplo no Guia de Leitura que se encontra na parte final do livro. Foi um exercício engraçado andar para trás e para a frente a tentar descortinar as mensagens escondidas em cada capítulo.
Foi uma leitura espectacular, muitas pessoas chamam a este livro (e a outros) um Clássico, mas eu tenho muita dificuldade em perceber o que é que torna um livro qualquer um Clássico… É mesmo um dilema meu: é a idade do livro, o facto de toda a gente conhecer o livro, a qualidade do livro (e quem ou quais os parâmetros que definem “qualidade”)? Sei lá, eu não consigo definir um clássico, porque já li histórias melhores que livros que são considerados clássicos. Daí deixar esta pergunta: para vocês quais seriam os livros editados a partir de 2000 que merecem o rótulo de “Clássico”?
Escusado será dizer que foram 5 letras no Goodreads, recomendadíssimo e será um livro que quem já o leu, guardará num cantinho do seu coração e, mais tarde ou mais cedo, irá voltar a ele, quanto mais não seja para matar saudades. É um livro infantil, mas está longe de ser só para crianças. Será para crianças lerem sozinhas, depois lerem e compreenderem o seu significado com a ajuda de um adulto. E um dia, essa criança será um adulto e passará esta mensagem às crianças dessa época e assim sucessivamente.
Obrigado a todos, comentem, continuem a tomar cuidado com o Covid e boas leituras a todos. Até à próxima.