Aí está mais um belo sábado de Verão. Olá a todos, bem-vindos a este dia muito especial… hoje é um dia recheado de coisas interessantes para os amantes deste blogue (ou não…): temos um Chelsea vs Arsenal, joga o Sporting e joga o Benfica… quase me esquecia… é a estreia de Cristiano Ronaldo pela Juventus. Tudo acontecimentos de alto gabarito e para equilibrar os pratos da balança, trago-vos a opinião sobre o livro que me ocupou durante o último feriado de quarta-feira: O Que Vai na Cabeça de Um Guna de Alexandre Santos.
Este jovem é um dos youtubers mais conhecidos por essa Internet. Alexandre Santos é responsável pelo filme icónico e de grande sucesso no YouTube, O Estrondo.
Segundo o autor “Guna” é, e passo a citar, “jovem citadino, geralmente associado às camadas mais desfavorecidas, de comportamento ruidoso, por vezes desrespeitoso, ameaçador ou mesmo violento, que é vaidoso mas que tem gostos considerados vulgares”.
“É verdade, os gunas não sabem nadar… O guna, quando vai prà praia, só vai pelas chuchas, nem que seja pra conseguir uma foto com elas pra pôr no Facebook e receber comentários do género: «Aí, meu tropa! ‘Tás a trabalhar bem, mermão!!! Siiiiggaaaaa!!!»”
Precisava de ler um livro assim, animado e leve, por duas razões: porque senti que era preciso equilibrar com o livro que estou a ler este mês “Menina Boa Menina Má” e que é mais pesado e porque o Reading Challenge do Goodreads não se faz sozinho (e assim que escrevo isto, vejo que o livro não está lá listado, já me estão a roubar, GUNAS)!
“Não podia deixar este assunto de lado, primaços: futebol. É tão importante pra nós como ter a nossa bolsinha de meter à volta do pescoço cheia de produto. Ui, nós vivemos prò futebol também, e fiquem já a saber: o verdadeiro guna tem de ‘tar associado à claque do seu clube. Ai, isso não pode falhar, filho. Se não ‘tiveres numa claque, não és guna a 100%.”
Logo na introdução ficamos avisados: “Ao dares início à leitura deste livro, tens de ter umas coisas em mente… Vais colar o pisto de uma tal maneira, que vais querer subir a postes e apalpar o cu às lâmpadas. Esta leitura não é para qualquer um; já tens de ter um guna/mitra dentro de ti… mas não tanto, senão engravidas.”
É óbvio que não esperava uma obra-prima, mas queria um tempo bem passado, e isso aconteceu entre asneiras e linguagem típica de guna. Embora seja comédia, o guna, é explorado em todas as suas vertentes, ofícios e incidentes com os goianos (polícia).
“Olha-me só o azar: vou a parar uma carrinha familiar das novas, da BMW, oh filho, e ‘tava toda tunada. Eu a pedir pra saírem do carro, e eles sempre: «Não pode fazer isto, nós temos que socorrer as pessoas… Não vê que este carro é do INEM?!» Mal me disseram isso, deixei-os ir… Tenho respeito por esse rapper, manos: Real Slim Shady, please stand up, oooooh… Grande abraço Imnem. Curto-te tótil…”
Foi uma boa companhia para um feriado, embora uma Sheila fosse melhor — olha queres ver que ainda vou virar um guna de peso?!
TRABALHO PART-TIME
Trabalhar a part-time e obrigatório para um gunão… Ter apenas um emprego não chega, portanto optámos por ter sempre uns biscates. Os trabalhos a part-time servem mais pra guardar dinheiro pra umas Nike Shox novas ou fato-de-treino do AC Milan… Já o dinheiro do emprego a full-time é prò filho da sheila… E agora vocês devem ‘tar a perguntar-se: que tipo de trabalhos a part-time é que eles arranjam? Muito óbvio. Por exemplo: um guna percebe imenso de plantas e de regas, portanto, jardineiro arranja fácil… Um guna percebe de farinhas, fermentos… ou seja, padeiro também é uma opção. Quando se trata de contabilidade, um guna, também percebe disso; então, quando se trata de ajuste de contas, é logo resolvido, contabilista à patrão… Mas, atenção, um guna só aceita trabalhar nestas «profissões» com uma condição: receber tudo ao negro pra não ter de declarar nada… Pode dar alguns problemas…