Olá pessoal, tudo bem convosco? Espero que sim e espero que aguentem mais um pouco, estou a tentar ao máximo ter as minhas reviews em dia! O livro de que vos falo hoje foi da participação no mês de Outubro no projecto da @cat.literary.world e da @obsessoesliterarias: Vem Conhecer os Clássicos. Gostei muito da interacção que se criou no grupo do Instagram e, para variar, sou o peixe fora de água que tem muita dificuldade em achar o Clássico que me encha as medidas. Mas como eu sou o oposto do título deste livro, decidi continuar a participar, pelo menos enquanto tive tempo disponível para o fazer.
Falemos então de “Orgulho e Preconceito” (título original: Pride and Prejudice) de Jane Austen, numa edição já bem antiga que me emprestaram das Publicações Europa-América. Pelo título fica bem evidente ao que vamos: numa viagem pela burguesia que se movia às custas de interesses, propriedades e títulos familiares sempre descurando o consentimento, os desejos e os sentimentos das mulheres.
Sabia desde o início que este livro não era tanto o meu género como seria, em teoria, “O Retrato de Dorian Gray”, no entanto espantem-se, gostei mais de ler este livro. Talvez o facto de não ter grandes expectativas até tenha sido benéfico para a minha avaliação, mas acho que consegui apreciá-lo por aquilo que este romance realmente é: um romance de época escrito na época.
Gostei da profundidade que cada personagem teve e também da evolução de algumas, criando várias dinâmicas na família. Tal como o título sugere, o orgulho e o preconceito são o espelho daquela sociedade e se algumas personagens são orgulho e preconceito da cabeça aos pés (sim, Mrs Bennet estou a falar de si), outras já estão a seguir o seu caminho independentemente, desafiando os padrões estabelecidos na sociedade de então.
A escrita é muito boa e o romance em si, mesmo não sendo o meu estilo, também é muito bom e perfeitamente adequado ao título e um reflexo perfeito da sociedade naquele tempo, onde mais importante era manter o orgulho lá em cima e não se deixar levar pelos sentimentos reais porque muitas vezes colidiam com os interesses que a sociedade e a família tinha pré-estabelecido para cada mulher.
Como ponto negativo, o tamanho da letra! A edição é muito antiga, mas o aviso mantem-se: editoras tenham pena de mim que sou vesgo! Não está nos meus planos sangrar da vista por estar a gostar de ler uma história! Tenham dó!
Com tudo isto, foram 3 estrelas no Goodreads e por aqui se vê como esta classificação é injusta, foi bastante melhor que “O Retrato de Dorian Gray” mas leva “a mesma” nota. Qual seria para vocês a melhor forma de classificação? De zero a dez? De zero a vinte? De zero a cem? Ajudem-me, porque estou aqui muito tentado a usar outra forma de classificação complementar àquela que existe no Goodreads.
Recomendo este livro para quem é fã de romances de época, sabendo que se são fãs, muito provavelmente já o leram… até mais que uma vez! Obrigado pela paciência, espero que tenham gostado desta review, até à próxima e boas leituras!
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- Do Projecto "Vem Conhecer os Clássicos": O Retrato de Dorian Gray — Oscar Wilde — Opinião