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Carola Ponto e Vírgula

Carola Ponto e Vírgula

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         Olá sejam bem-vindos a mais uma opinião literária. Hoje temos o mais recente romance de Dan Brown: origem.

         Confesso que já tinha saudades de ler um romance destes. Admito que me custa chamar-lhe romance. Policial ou Thriller seria mais adequado, acho eu.

         A trama desenrola-se no país de nuestros hermanos e começa com uma apresentação no Museu de Guggenheim que “mudará para sempre o rosto da ciência” segundo o seu autor, Edmond Kirsch.

         E quem é Edmond Kirsch?! É só um antigo aluno do “nosso” Robert Langdon na Universidade de Harvard e presentemente um famoso futurologista, cujas invenções e previsões o transformaram num nome reconhecido em todo o mundo.

         E que novidades traz o senhor Kirsch?! Nada de mais… apenas a solução a duas das maiores das questões da Humanidade: “De onde vimos?” e “Para onde vamos?”.

         Como não poderia deixar de ser e diante tamanha revelação científica, cortaram-lhe o pio à lei da bala. Fica bem evidente quem é o assassino, restando saber a mando de quem.

         “— Precisamente. E a história demonstrou-nos repetidamente que os lunáticos ascenderão ao poder vezes sem conta, levados por agressivas ondas de nacionalismo e intolerância, mesmo em sítios em que isso pareça totalmente improvável.”

         Aí entra, como sempre, Robert Langdon que não irá olhar a esforços para saber quem mandou aniquilar o seu amigo, ao mesmo tempo que procura tornar o conteúdo da descoberta de Kirsch público. Acompanhado pela directora do museu, Ambra Vidal e por Winston (um dispositivo de inteligência artificial extremamente avançado), Langdon tentará resolver todos os mistérios e escapar, também ele, à morte. Langdon vai desde o museu em Bilbau até à Sagrada Família em Barcelona, fazendo tudo ao seu alcance para revelar a descoberta do seu antigo pupilo, e assim honrar o seu legado.

 

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A Sagrada Família, um dos locais mais bonitos... para ter um assassino a perseguir-nos

 

 

         Ao longo da minha leitura não pude deixar de pensar na futura adaptação ao cinema.

         Eu não sou o tipo de leitor que a cada página que passa imagina logo cinquenta mil fins possíveis e que vê todos como o potencial mau da fita, prefiro ser surpreendido, e foi isso que aconteceu mais uma vez, e ainda bem porque é das melhores coisas que um livro pode fazer por mim.

         Adorei as revelações finais, mostrando que mesmo os mais rígidos e devotos tem coisas às quais não conseguem fugir. Quem já leu acho que sabe exactamente do que falo. Venha de lá o filme, enquanto a memória está fresca!

         Livro excelente, recomendadíssimo!