Olá pessoal, sejam bem-vindos a mais uma opinião. Espero que se encontrem bem e que continuem a aguentar estes dias difíceis que temos tido. Para ajudar, temos livros para ler e para conversarmos sobre eles. Desde que o estado de emergência foi declarado notaram alguma mudança dos vossos hábitos de leitura? Eu, por exemplo, notei algumas mudanças, estranhas até. Porque antes disto tudo, eu gostava de ficar em casa a ler e era o melhor planeamento de fim-de-semana possível. Agora… gosto de ficar a ler na mesma, mas já sinto que tenho que fazer outras coisas (ver séries, anime, filmes, jogar no computador, etc) para que não sinta que a leitura seja já uma obrigação dadas as circunstâncias. Estranho, não é?! Mas, vamos lá então ao que interessa…
“Perto de Casa” (título original: Close to Home) de Cara Hunter, edição portuguesa da Porto Editora. Este livro já me tinha andado a saltar à vista por esse Instagram fora com opiniões muito positivas, falando principalmente (e sem spoilers) da originalidade na forma como a história nos é apresentada. Tudo começa com o desaparecimento de Daisy Mason, enquanto a sua família dava uma festa. Sem grandes pistas por onde começar a investigação o inspector Adam Fawley, embora mantendo todas os cenários em aberto, sabe que na maioria dos casos o criminoso é alguém que a vítima conhece.
Foi logo das primeiras coisas que me saltou à vista ao longo das páginas, a estrutura cuidada e diferenciada de cada componente do enredo, onde notícias, depoimentos na Polícia, conversas nas redes sociais, todas elas tinham uma forma diferente, acrescentando a isto o constante deambular entre passado e presente tornando tudo mais complexo e interessante.
A forma como a autora nos mantém sempre na dúvida de quem será o culpado pelo desaparecimento da criança, levando-nos a conhecer todos os pormenores que adensam as possíveis causas e culpas de cada um dos suspeitos, é muito boa, sempre mantendo várias opções em aberto e o leitor (pelo menos este leitor aqui) já a deitar fumo da cabeça para se antecipar ao final. E do final… falamos a seguir, mas primeiro…
O único ponto “negativo”: erros ortográficos como “que que” e “oram” em vez de “foram”. Certo que não foram mais de meia dúzia, mas eu ando com uma atenção de cão pisteiro, que até mete dó a mim mesmo!
E quando tudo fica resolvido, bem explicado, com todos os pontos ligados entre si, tudo a fazer sentido, eis que aparece o final… Não, não estou a falar desse final… estou mesmo a falar do final, lá está, do Fim! Minha nossa! O que foi isto?! Adorei, 5 Estrelas, recomendadíssimo!
Quem já leu este livro? O que acharam? Espero que tenham gostado, já sabem, fiquem em segurança, comentem e boas leituras a todos! Até à próxima!