Olá Rúben, meu querido amigo. Se eu fosse realmente teu amigo começaria assim…
Estaria aqui feliz por ti, pela tua transferência para Espanha, e por finalmente, e para regalo deste benfiquista que te escreve, teres deixado o Sporting. Sim o meu presidente (o da República) deixa que fale à vontade. Fico feliz porque és um bom jogador, pena foi que a partir do momento em que te assumiste benfiquista, os teus erros, que anteriormente eram normais da inexperiência competitiva, agora seriam para beneficiar o teu clube do coração.
Por isso, ir para o Villarreal foi bom para ti e para os teus amigos, e era agora que eu também queria estar incluído nesse lote.
Vamos falar de injustiças?! Vamos. Está na altura de meter o dedo na ferida e, de uma vez por todas, por tudo em pratos limpos.
Chegou o dia de falarmos da injustiça que têm feito com o meu pai. Sempre soube que o marketing conta muito, mas chega uma altura em que é preciso relatar a História da Humanidade baseada em factos datados e sem qualquer hipótese de refutação.
O senhor Armindo Carola, meu pai (e isto é para ser lido com orgulho), foi um dos pioneiros do Coaching em Portugal e disto ninguém fala. Isto passou-se, nos já longínquos anos em que outra moda dos dias de hoje, o Running, ainda se chamava Jogging.
O método de trabalho dele era baseado em psicologia inversa e talvez por isso nem sempre fosse bem compreendido. Era um visionário, também já conseguia trabalhar à distância, naqueles tempos em que a internet ainda dava os primeiros passos (com internet também eu chego a qualquer lado).
Vejamos este caso genial:
O meu irmão mais velho jogava à bola nas camadas jovens do clube cá da terra. O campo, nessa atura, ainda era no meio da vila. E o que fazia o meu velho nos dias de jogo do filho?! Ficava no café mais próximo. Lá está, coaching à distância! E foi lá no café, e no fim do jogo, que soube que o meu irmão fizera um hat-trick. Vêem?! Trabalho espectacular do Coach Carola.