Olá a todos, bem-vindos. Com o ano a chegar ao fim, chega também a altura de fazer os balanços habituais de como correu o ano que está prestes a findar. Por hoje vamos abordar apenas as leituras do ano. Faltam-me apenas dois livros para acabar o ano em beleza e correndo o risco de algum deles entrar nestas listas de final de ano, o que se acontecer será depois mencionado nas opiniões que fizer individualmente. Com isto vamos ao Top 5 das Desilusões de 2018:
Olá a todos, sejam bem-vindos. Hoje vou responder à TAG que vi no Blog “Livros e Papel”. Se puderem, visitem, vale a pena. Os bilhetes são 0€ com a taxa do IVA a 6%, ou seja, um blogue de primeira necessidade para quem gosta de livros, como eu!
Olá a todos, hoje vamos falar dum livro, que até nem era para ser analisado já esta semana, principalmente por ser uma das leituras deste mês e queria guardá-la para mais tarde. A razão ficará bem clara mais à frente.
A obra aborda o tema da singularidade tecnológica que significa o momento em que a inteligência humana será sobreposta pela inteligência artificial. Alguns “especialistas” prevêem a possibilidade desse acontecimento para 2050.
Visto que nesse ano ainda tenho a ideia de estar por cá, essa previsão deixa-me um bocado desconfortável só de imaginar a evolução e a sua velocidade vertiginosa nas décadas que se aproximam. Foi por isso que quis ler mais sobre o tema. Logo pelo título dá para perceber que o autor discorda da opinião generalizada entre os entendidos na matéria. Até aqui, tudo bem…
O problema foi a forma utilizada para explicar a sua ideia. A linguagem utilizada é demasiado técnica e elaborada para o leitor comum, seria mais fácil se ao início dissessem: “cuidado, linguagem especializada em não se fazer entender”. Desiludido, é pouco para explicar o meu sentimento ao longo desta leitura. A sorte é que este livro nem chega às duzentas páginas, e tivesse ele mais cinquenta e dificilmente o acabaria.
“Parece uma espécie de feixe bojudo de todas as nossas liberdades e de todas as nossas escolhas potenciais entre essas duas extremidades que seriam a origem e o termo dos tempos.”
O que aprendi? Que, segundo a investigação do autor, o crescimento tecnológico exponencial tende a não se manter ao mesmo ritmo verificado até agora.
Outra das maiores dúvidas que todos temos é se a inteligência artificial irá substituir o Homem ou trabalhará com ele para o transformar num ciborgue e guiá-lo à imortalidade. Sendo sincero, se isto foi abordado já não me lembro.
Na minha ideia, quando falamos dum tema tão novo como este, a linguagem deve ser a mais clara e simples possível, e nesta obra foi exactamente o oposto, o que fez com que “desligasse” completamente deste livro.
Foi um desperdício de tempo, são ossos do ofício, não se pode acertar sempre. Vou fazer o meu luto sobre este tema, mas voltarei a ele certamente e com outro autor que fale mais a minha língua.
Concluindo gostei tanto deste livro como de pagar impostos.
Mais para ler
Olá a todos. Desta vez trago-vos as minhas leituras para o mês de Abril. Novamente temos um romance e outro de investigação sobre um tema bastante actual.
“13 Minutos” de Sarah Pinborough
SINOPSE:
Natasha esteve morta durante 13 minutos. Salva de um lago gelado por um professor de música, regressa a casa sem conseguir lembrar-se do que aconteceu. Intercalando diversos registos (o diário de Natasha, a narração de uma sua "ex-melhor amiga", os relatórios da psiquiatra, as investigações da polícia, as notícias de jornal, etc.), o que confere à narrativa uma vivacidade e suspense notáveis, os fios da intriga vão-se entrelaçando com mestria. As descrições da psique e do quotidiano dos adolescentes de dezasseis anos é absolutamente notável.
Todas as personagens são suspeitas à sua maneira e a intriga não é de modo nenhum óbvia, conseguindo criar uma tensão consistente e uma ambiguidade narrativa que nos deixa interessados e expectantes.
Expectativa:
É a primeira obra desta autora que vou ler. Estou curioso para saber como vai ser feita a tal interligação dos diversos registos e como isso pode ou não tornar evidente o desfecho desta história. A sinopse diz que não é óbvia, espero que sim, porque adoro quando o desfecho da trama é bem diferente daquilo que imagino.
“O Mito da Singularidade” de Jean-Gabriel Ganascia
SINOPSE:
O momento crítico em que a inteligência artificial prevalecerá sobre a humana designa-se por «Singularidade tecnológica». Faz parte das novas buzzwords da futurologia contemporânea e a sua importância é sublinhada em numerosas previsões de gurus da tecnologia como Ray Kurzweil (chefe de projetos da Google) ou Nick Bostrom (da respeitável Universidade de Oxford). Alguns cientistas e investidores, como Stephen Hawking e Bill Gates, partilham estas perspetivas e manifestam a sua preocupação. Ameaça à humanidade e/ou promessa de uma «trans-humanidade», este novo milenarismo não para de se expandir. As máquinas irão tornar-se mais inteligentes e mais poderosas do que nós? Estará no nosso futuro uma cibersociedade de onde a humanidade será marginalizada? Ou conquistaremos uma forma de imortalidade transferindo o nosso espírito para supercomputadores?
Expectativa:
Confesso que desde que a Sophia (que agora é estrela de publicidade ao lado de Cristiano Ronaldo) apareceu na web summit fiquei chocado em como a inteligência artificial já ia bastante mais avançada em relação à minha noção. Depois foi-me impossível imaginar como será a convivência e o futuro ao lado destas máquinas. Nesta investigação de Jean-Gabriel Ganascia procuro perceber em que ponto estamos, para onde vamos e a que velocidade e de forma.
Alguém já leu algum destes livros? Gostaram? Conhecem os autores? Que outras obras deles recomendam? Comentem e esclareçam-me! Beijinhos e abraços.