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Carola Ponto e Vírgula

Carola Ponto e Vírgula

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Olá pessoal, vamos a mais uma opinião?! O livro de hoje foi mais uma prenda de aniversário mas que também já fazia parte da minha lista de desejos. “Uma Família Quase Normal” (título original: En helt vanlig familj) do sueco Mattias Edvardsson e editado em Portugal pela Suma de Letras.

Como o próprio título deixa antever temos aqui a história de uma família que até um determinado momento pode ser considerada “normal” e igual a tantas outras. Que momento muda tudo? A detenção e acusação de homicídio de forma brutal de Stella, a jovem adolescente filha de Adam, um homem de fé, pastor da Igreja da Suécia e Ulrika, uma advogada de defesa respeitável.

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Olá pessoal, como vão essas leituras?! Já passámos a metade do ano, quais foram os vossos livros favoritos até agora?! Vou confessar já que este ano tenho tido muitas boas leituras, poucas desilusões, mas também ainda não tive muitos daqueles livros que em 5 estrelas, valem 10 e que nos marcam para vida e dos quais não vamos esquecer a história (pelo menos até o Alzheimer decidir vir chatear a memória alheia).

Vamos então falar de “Onde Cantam os Grilos”, editado pela Cultura Editora e da autoria da portuguesa Maria Isaac. Nunca imaginaria que com este nome a autora fosse portuguesa, até porque há mais Marias na Terra (lá estou a abusar da minha sorte e a gozar com nomes, como se Nuno fosse um nome de jeito…). Esta é a história de Formiga, um bebé abandonado num cesto na Herdade do Lago. Herdade essa, já bem recheada de mistérios, lendas e maldições, muitas das quais serão abordadas e descobertas pelo então jovem Formiga.

 

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Olá pessoal, prontos para mais uma opinião?! Espero que se encontrem bem de saúde e com leituras muito boas. Hoje é dia de falar do segundo livro da Série Sebastian Bergman “O Discípulo” (título original: Lärljungen) da dupla Michael Hjorth e Hans Rosenfeldt, editado em Portugal pela Suma de Letras. Esta leitura faz parte do clube de leitura organizado também por uma dupla, @mjoaocovas_livros_gosto e @mjoaodiogo. Tem sido muito interessante fazer parte deste Clube de Leitura e ir acompanhando o entusiasmo de todos com estas leituras.

Nesta segunda aventura temos mais uma vez Sebastian Bergman no papel central (até parece que esta série é dele 😂) que depois do final do primeiro livro descobre quem é a filha que descobriu que tinha. Não imaginaria no início da sua procura que a sua filha estaria tão perto de si e que já a conhecia antes de saber sequer que era ela a sua filha. A juntar a isto, na cidade de Estocolmo, várias mulheres são assassinadas brutalmente com a marca registada de Edward Hinde, um serial killer que Sebastian prendeu há quinze e que continua detido. Tendo sido parte tão importante nessa detenção, Sebatian volta a ser integrado na equipa de investigação, mas pior que tudo isso é a descoberta que todas as vítimas estão directamente ligadas a Sebastian!

 

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Olá pessoal, espero que esteja tudo bem convosco e vamos lá a mais uma opinião. Este livro teve a tarefa ingrata de suceder a “Verity” de Colleen Hoover, mas vendo pelo lado positivo, este livro nem sequer estava nos meus planos para este mês. Simplesmente sabia que não podia saltar para outro thriller porque as comparações com “Verity” seriam constantes. Foi por isso que escolhi um livro completamente diferente e de um autor que já conheço e de que gosto muito.

Temos então “Nem Todas as Baleias Voam” de Afonso Cruz, editado pela Companhia das Letras. Afonso Cruz é aquele tipo de escritor que podia pegar numa lista telefónica (isso ainda existe?) e extrair daí um livro muito interessante e com uma história original, sempre acompanhada de uma escrita muito boa, que nos faz desfrutar dos seus livros.

 

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Olá pessoal, como vão essas leituras? Qual é a vossa leitura por estes dias? O livro que venho falar hoje foi a escolha do meu par para este mês de Junho no #chooseforme, organizado pela @randygirlstuff e pela @chuvadeletras__. Tem sido muito divertido participar neste projecto e parece que já estão a magicar mais ideias para manter este grupo e todos os seus pares animados.

Neste mês de Junho o meu par é a @ricardabooks que escolheu “Verity” da mais que conhecida Colleen Hoover, editado em Portugal pela TopSeller. Desta autora só li o “Confesso”, adorei e foi uma grande surpresa porque tinha aquele preconceito estúpido de que se está tudo doido com esta autora é porque é demasiado romântico para o meu gosto. Mas enganei-me, claro que não deixou de ser um romance, mas a escrita e a história foi montada de forma espectacular. Quando soube que “Verity” era a estreia da autora pelo mundo dos Thrillers, fiquei ainda mais curioso e decidi que seria o próximo livro que teria da autora.

 

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Olá pessoal volto hoje para falar de um livro que tem sido muito falado desde que foi editado em Portugal no início do ano. Qual foi o livro que foi editado em 2020 que mais curiosidade vos suscitou? Confesso que este era um dos que mais interesse me tinha despertado. Temos então “Laranja de Sangue” (título original: Blood Orange), edição TopSeller.

Este livro foi a minha primeira leitura conjunta e gostava de agradecer à @obsessoesliterarias pelo convite, foi muito divertido ir acompanhando a leitura diariamente e falando sobre aquilo que íamos lendo e as teorias que se ia formando na cabeça de cada um. É uma experiência a repetir no futuro. Costumam fazer muitas leituras conjuntas?

Neste livro acompanhamos a vida de Alison uma advogada que recebe o seu primeiro caso de homicídio. Alison tem várias questões para resolver além deste caso: tem um marido e uma filha que tem vindo a negligenciar, coincidência (ou talvez não) tem um caso com um colega e pior que isso tem alguém que conhece este segredo e que se prepara para lhe fazer a vida num inferno. Inferno esse que Alison rega com demasiado álcool diariamente.

 

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Olá pessoal, como vai esse desconfinamento? Eu tenho-me mantido responsável, tanto que este ano nem saí para festejar o meu dia! Pois é, chegou o Dia da Criança e eu fiquei em casa! Triste sim, mas necessário. Por isso, decidi festejar este dia fazendo a leitura de um livro infantil que me foi oferecido no meu dia de anos, que para quem não sabe é no dia 29 de Maio (agora escusam de me vir dar os parabéns atrasados, até porque eu sou atrasado desde desse dia em 1987 e não só agora!). Só por si, esta prenda atesta bem o nível de maturidade que os meus amigos pensam que eu tenho… Isso ou o facto de eu não ser um leitor desde criança…

Dito isto, temos então “O Principezinho” (título original: “Le Petit Prince”) de Antoine de Saint-Exupéry editado em Portugal pela Porto Editora. Esta edição que me ofereceram, com 1ª edição de Janeiro de 2015 e reimpressão de 2019, diz ser de acordo com a edição original de 1943 e conta com prefácio de Valter Hugo Mãe, aguarelas do autor e ainda com um guia de leitura, essencial para que compreendamos todas as mensagens que devemos reter de cada capítulo.

 

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Olá pessoal, como vão essas leituras? Hoje é dia de falar da minha escolha para o mês de Junho no The Bibliophile Club. Eu sei venho um pouco atrasado (a minha chegou-me a dizer que eu era atrasado por natureza, não sei é se tinha alguma coisa a ver com horas e datas) e peço desculpa por isso, mas demorei demasiado tempo a terminar o livro anterior a este. O tema do mês de Junho seria ler autores negros.

Eu nunca tinha olhado para os livros que tenho para perceber se tinha autores negros ou não. Alguns nomes são tão esquisitos que eu nem sei se são mulheres ou homens, mas reparei que sim é uma das lacunas da minha estante (poesia, por exemplo, é outra lacuna que ainda está por resolver).

No entanto, por sorte ou por azar, tinha lido em Maio “Se Esta Rua Falasse” de James Baldwin e adorei esse livro. Mas a verdade é que fiquei sem nenhum livro para o tema de Maio. Sendo assim, e como a indecisão aperta muito na hora de escolher, decidi comprar logo dois (quem nunca?!) e deixei que os seguidores no Instagram votassem e assim escolhessem por mim. Tínhamos então “Sou Um Crime” de Trevor Noah e “O Ódio que Semeias” de Angie Thomas. Este último ganhou a votação e é dele que vamos falar agora!

Temos então “O Ódio que Semeias” (título original: The Hate U Give”) de Angie Thomas, editado em Portugal pela Editorial Presença.

 

“— Porque é que estás sempre a ouvir estas velharias?

— Pá, cala-te! O Tupac é que era.

— Sim, há vinte anos.

— Não, mesmo agora. Tipo, ouve isto. — Ele aponta para mim, o que significa que está prestes a mergulhar num dos seus momentos filosóficos. — «O Pac disse que “Thug Life” significa que “O Ódio que Tu Semeias na Crianças Lixa Toda a Gente”».”

T-H-U-G L-I-F-E, em inglês, The Hate U Give Litlle Infants Fucks Everybody.

 

 

 

 

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Olá pessoal, aqui estamos para mais uma opinião de um livro do Net Book Club. O clube literário que “a mulher que ama livros” criou, sofreu algumas alterações nas “regras” para a escolha do livro do mês. Agora é-nos dado a escolher no stories do instagram do clube, entre dois autores de países diferentes. No primeiro mês o país vencedor foi Itália com o livro “acabadora” de Michaela Murgia. Infelizmente quando fui para o comprar já estava esgotado e por isso não consegui participar. Este mês, assim que a escolha foi feita, tratei logo do assunto e comprei-o numa das minhas visitas à Feira do Livro de Lisboa.

Assim, o país vencedor deste mês foi a Polónia com “Viagens” da autora Olga Tokarczuk, edição em Portugal pela Cavalo de Ferro, chancela 20|20 editora.

Devo de confessar que quando li a sinopse, fiquei curioso com a ideia do livro: falar sobre viagens, viajantes, relatos ao longo do tempo. Não é preciso mais que isto para eu ficar com as “antenas no ar”.

 

“Debruçada no topo do dique, fitando a corrente, dei-me conta de que, apesar de todos os perigos, tudo o que está em movimento é sempre melhor do que aquilo que está em repouso, que a mudança é mais nobre que a estabilidade, que tudo o que estagna acabará por sofrer decomposição, degeneração e transformar-se-á em pó, enquanto aquilo que está em movimento consegue durar eternamente.”

 

 

 

 

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Olá a todos, hoje é dia de voltar a falar de mais uma leitura. Esta foi a primeira leitura de Junho e um dos livros mais recentes na minha estante. Tem sido um dos livros mais falados nos blogues e Instagrams literários: “Demência” de Célia Correia Loureiro, editado pela Coolbooks.

Uma das razões que me fez comprar este livro (além das reviews bastante positivas) foi tratar-se de um tema bastante actual e que ganha cada vez mais preponderância na sociedade e eu fico sempre muito curioso por saber mais sobre a forma como esta realidade interfere na vida do próprio doente e de toda a família ao seu redor.

No caso da nossa história temos Letícia e Olímpia, a primeira foi vítima de violência doméstica por parte do filho da segunda, filho esse que foi morto por Letícia, um crime pelo qual foi ilibada. No entanto e com os primeiros sinais da doença de Olímpia, Letícia vê-se obrigada a regressar e a prestar assistência à sogra.

 

“Bastou aquele gemido da velha para que os três tivessem uma confirmação. Esperavam que dissesse que torcera um pé e que, por isso, não se podia deslocar até aos currais. Mas a vizinha limitava-se a não compreender que a causa da morte dos animais era a sua ausência.

— Há mais de uma semana que não vai ao curral, dona Olímpia. Não a temos visto por lá e os animais vão morrendo à fome.

— Que animais é que morreram à fome? Então eu não vou lá todos os dias? Já lá fui hoje e daqui a nada já lá vou de novo. – Olímpia expressava-se como se a injuriassem.

— Agora que caiu a noite é que lá ia, para partir um pé e ficar um mês de cama? – sibilou Zé, sem que Salomé o chamasse à razão.

De súbito, também ela pareceu impaciente, vindo-lhe à ideia a roupa que deixara estendida.

Olímpia prosseguia, irritada:

— Eu vou lá quando eu quiser, os animais são meus. Não tenho marido nem pai que me dêem ordens.

Salomé acenou ao marido. Não valia a pena, estavam a enervar a pobre mulher.

— Quer que vá consigo amanhã ao curral, para a ajudar?

— Eu não preciso de ajuda nenhuma, nunca precisei. — Pondo-se de pé, a idosa pegou na toalha e nos utensílios para bordar e voltou-lhe as costas.

Ao fechar a porta atrás de si, ainda a ouviram tartamudear:

— Agora querem ver que estou maluca?”