Aí está ela finalmente, a bela sexta-feira! Estava difícil! Difícil também estava a conclusão deste livro. Não sei se convosco acontece, mas comigo, de vez em quando aparece um livro que pode nem ser melhor do que aquele que estou a ler, mas como é “fresco” e me deixa mais curioso, começo a lê-lo e deixo o anterior de lado. Quem teve esse azar desta vez foi “Vaticanum” de José Rodrigues dos Santos que se viu ultrapassado por “The Game” de Neil Strauss. Dois livros completamente opostos: um relata a vida de um artista de engate, o outro conta uma história em torno do Papa e do Vaticano.
Desde a minha apresentação aqui no blogue que tenho dito que José Rodrigues dos Santos foi o responsável pelo despertar, tardio, do meu gosto pela leitura. Gosto da forma como consegue construir uma boa história com acção, suspense, medo e ainda usa factos verídicos para tornar tudo muito mais real.
“O Vaticano viu-se enredado numa rede de negócios muito questionáveis. Com dinheiro que se supõe ser da mafia e usando o banco do Vaticano como máquina de lavar, Sindona criou uma holding que serviu para adquirir uma série de bancos, como a Banca Privata e a Banca Unione em Itália, e na Suíça o Amincor de Zurique e o Banque de Financement de Genebra, do qual a Santa Sé detinha um terço. Esse aliás tornou-se o modelo que Sindona e o Vaticano usaram nas aquisições de bancos. Uma fatia ia para um e a outra ia para o outro. Uma vez com os bancos nas mãos, Sindona começava a transferir para o banco do Vaticano verbas das contas dos depositantes sem o conhecimento dos respetivos titulares.”