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Carola Ponto e Vírgula

Carola Ponto e Vírgula

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Atenção vem aí uma grande novidade: hoje é dia do Pai! Este é ainda um daqueles dias que já existia antes desta balbúrdia actual que é todos os dias ser dia de qualquer coisa! Há o dia da Terra, há o dia da água, há o dia do céu, há o dia do cão, do gato, do cão rafeiro, do gato das botas! Há dias para tudo, até o dia do político honesto há: dia 31 de Fevereiro!

Só ainda não há dia é para cada um se meter na sua vida e deixar de chatear a cabeça aos outros… Até porque de certeza que há o “dia de chatear”!

E por falar em chatear, o facto de haver estes dias todos, nem é uma coisa que me arrelie por aí além, mas precisava aqui duma introdução parva, e cá está ela.

O que me arrelia como se não houvesse amanhã, são aquelas pessoas que fazem questão de festejar o dia (neste caso o dia do Pai) e depois dizem: “Mas o dia _____ (preencher a gosto) é todos os dias, não é só hoje”!

Pois, tudo muito certo… NÃO… tudo muito errado!

Tudo muito errado, porque principalmente nos outros dias eu não os vejo a fazer dedicatórias bonitas aos papás! Então e essa coerênciazinha da boa, meus meninos?! Quando for o dia da criança já sabem, não há prenda para ninguém…

Nota-se que isto me deixa irritado?! Claro que me deixa irritado (às vezes irritado com F no início e “dido” no fim)! As pessoas têm que pensar bem nas coisas…

Pensem comigo (não é como eu… não vos desejo tamanha deficiência), se, por exemplo, todos os dias for dia do Pai e ao mesmo tempo dia das outras coisas todas — continuem aí, sigam esta “lógica” — iríamos ter resultados como estes e que levantam questões importantes:

 

Dia do Pai + Dia da Mãe + Dia das Bruxas = Seria o dia em que o Pai dormia no sofá por ter ofendido a sogra?!

 

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Desculpa sogrinha...

 

 

 

         Como vimos nos primórdios deste blogue o meu pai foi um dos primeiros mestres na arte do desenvolvimento pessoal a que actualmente virou moda chamar Coaching. Vimos que teve azar pois o seu método estava planeado para quem tivesse mais maturidade que o meu irmão. Embora um pioneiro na arte, também ele se deixou afectar com este pequeno revés. Até os génios precisam de um coach em momentos difíceis.

         E como um mal nunca vem só, o Coach Carola ainda me tinha a mim e viu aqui no seu filho XL a derradeira oportunidade de catapultar a sua carreira para o estrelato. Mas, infelizmente, também eu não estava à altura de tamanha classe e sabedoria… oh pobre Armindo Carola, como te falhei, meu velho…

 

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         Vamos falar de injustiças?! Vamos. Está na altura de meter o dedo na ferida e, de uma vez por todas, por tudo em pratos limpos.

         Chegou o dia de falarmos da injustiça que têm feito com o meu pai. Sempre soube que o marketing conta muito, mas chega uma altura em que é preciso relatar a História da Humanidade baseada em factos datados e sem qualquer hipótese de refutação.

         O senhor Armindo Carola, meu pai (e isto é para ser lido com orgulho), foi um dos pioneiros do Coaching em Portugal e disto ninguém fala. Isto passou-se, nos já longínquos anos em que outra moda dos dias de hoje, o Running, ainda se chamava Jogging.

         O método de trabalho dele era baseado em psicologia inversa e talvez por isso nem sempre fosse bem compreendido. Era um visionário, também já conseguia trabalhar à distância, naqueles tempos em que a internet ainda dava os primeiros passos (com internet também eu chego a qualquer lado).

         Vejamos este caso genial:

         O meu irmão mais velho jogava à bola nas camadas jovens do clube cá da terra. O campo, nessa atura, ainda era no meio da vila. E o que fazia o meu velho nos dias de jogo do filho?! Ficava no café mais próximo. Lá está, coaching à distância! E foi lá no café, e no fim do jogo, que soube que o meu irmão fizera um hat-trick. Vêem?! Trabalho espectacular do Coach Carola.

 

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