Olá a todos, sejam bem-vindos. Hoje vou responder à TAG que vi no Blog “Livros e Papel”. Se puderem, visitem, vale a pena. Os bilhetes são 0€ com a taxa do IVA a 6%, ou seja, um blogue de primeira necessidade para quem gosta de livros, como eu!
Belo sábado que está hoje para ir à praia e quando não tiverem mais nada para fazer, agarrarem no telemóvel, visitarem este blogue e lerem mais uma opinião sobre uma leitura feita aqui por este _____ (preencher o espaço em branco como quiserem). Sintam-se à vontade, é como se estivessem em ca… na praia! Disfrutem… da praia também!
O livro de hoje, foi um presente e ao mesmo tempo foi a introdução a este escritor muito conhecido, mas que nunca me tinha despertado curiosidade: Pedro Chagas Freitas. Eu tenho a tendência de fugir aos nomes nacionais mais conhecidos (sim, logo eu que sou grande fã de José Rodrigues dos Santos), talvez porque isso tenha evitado ler alguma obra dele.
Até que… li “Eu Sou Deus”. Na capa dizia: “Não: este não é um livro de auto-ajuda. Mas se você o ler pode auto-ajudar-se. Tenha cuidado.”
Não digo que me tenha auto-ajudado, mas ajudou-me a conhecer o autor e uma forma de escrever muito particular de usar as palavras, brincar com elas e até de inventar umas quantas. Fiquei fã e o maior calhamaço da minha estante é dele.
Olá a todos, hoje venho aqui responder a uma ideia espectacular criada pela mar (fiquei fã do blogue também, a lista "original" está aqui), mas da qual só tive conhecimento por um dos blogues que mais sigo: a mulher que ama livros (podem ver as suas escolhas aqui)! E agora vamos às minhas escolhas, espero que gostem!
1 - A pensar morreu um burro.
Um livro que enrolou, enrolou, enrolou e parecia nunca mais chegar ao fim.
"Quando o Cuco Chama", de Robert Galbraith, o pseudónimo de J. K. Rowling. Não sei o que se passou entre mim e este livro, acho que foi uma relação do tipo "não és tu, sou eu", mas lembro-me de não ter gostado nada. Se calhar a culpa foi mesmo minha, pelo menos tendo em conta as opiniões que tenho lido por essa Internet. É pouco provável que lhe dê uma segunda leitura, mas nunca se sabe...
2 - Mais vale tarde que nunca.
Um livro de que não estavas a gostar muito, mas depois *puff fez-se luz* teve um final muito bom.
"13 Envelopes Azuis", de Maureen Johnson. Foi uma leitura recente e que tendo em conta o conceito que origina o desenrolar da acção me deixou curioso. Achei até perto do final uma história banal, mas melhorou muito perto do fim. Foi um livro que foi do 8 ao 80!
3 - Antes só que mal acompanhado.
Um livro único (stand-alone) espetacular.
"13 Minutos" de Sarah Pinborough. Mais um 13, só que este é um 13 de muita sorte. Adorei este livro, e mesmo quando já estava satisfeito com o suposto final, ainda me conseguiram surpreender na última centena de páginas e tornar este livro um dos meus favoritos deste ano! Recomendo como se não houvesse amanhã!
4 - A galinha do vizinho é sempre melhor que a minha.
Um livro muitas vezes comparado a livros ou sagas populares, mas que ficou um pouco abaixo das expectativas.
"Escrito na Água" de Paula Hawkins. Desde logo por ser o segundo livro e talvez até por isso, as expectativas que carregava à conta do seu antecessor ( "A Rapariga no Comboio") fizeram com que ficasse um pouco abaixo das minhas expectativas. Gostei, mas não tanto como do primeiro livro da autora.
5 - Para bom entendedor meia palavra basta.
Um livro curto, mas bom.
"O Homem em Busca de um Sentido" de Viktor E. Frankl. Devorei este livro. A forma como nos relata as atrocidades que viveu nos campos de concentração é de deixar qualquer um que não passou por aquilo, espantado com a forma como além de conseguir sobreviver ainda conseguiu criar uma terapia que mostra como o fez. Livro enorme!
6 -Todos os caminhos vão dar a Roma.
Um livrou e/ou universo literário para o qual gostavas de viajar.
"Envelhenescer" de Pedro Chagas Freitas. Quem não gostaria de ser levado para um país onde em vez de envelhecer, ficássemos mais jovens?! Talvez os recém-nascidos não gostassem... É com base nesta ideia doida que se desenrola toda a história e nota-se que o autor pensou em como esta mudança iria afectar tudo e todos no Mundo.
7 - Quem te avisa teu amigo é.
Recomenda três livros.
"Estrada da Noite" de Kristin Hannah: Foi um livro que comprei pelo Círculo de Leitores quase por acaso e ainda bem que esse acaso me deu o prazer de ler este livro. Este livro mexeu comigo desde o início e a certa altura deixou-me com raiva duma personagem (é capaz de ter sido a única vez que isso aconteceu). Adorei e acho que isto nas mãos de um bom realizador daria um bom filme.
"Vozes de Chernobyl" de Svetlana Alexievich. Este por se basear em relatos da população afectada pelo desastre nuclear que se abateu sobre eles. Foi para mim, uma grande lição de que temos de pensar nas populações primeiro antes de andarmos a brincar com coisas muito perigosas. Escrito de forma magistral, sentimos a dor de cada uma das pessoas, e por isso é um livro que considero essencial, mas que nem todos podem conseguir aguentar!
"O Fim da Inocência" de Francisco Salgueiro. Este livro já deu origem a um filme (que ainda não vi), mas que para mim foi revelador e ao mesmo tempo assustador de ler a forma de pensar e agir da nossa juventude. Claro que não serão todos assim, mas eu pensava que nenhum jovem pensaria e agiria desta forma! Foi um grande abre-olhos para mim e acredito que o mesmo acontecerá a todos os que lerem este livro. Esperava que o cenário fosse mau, mas não tanto nem tão cedo.
Pronto chegámos a fim, espero que tenham gostado, comentem a vossa opinião sobre os livros que já leram, sobre outros que achem melhores ou mais marcantes para vocês. Agradecer novamente à criadora desta ideia muito original, visitem o blogue dela vale a pena! Muito obrigado.
Mais para ler
Foi graças a uma prenda de natal que fiquei a conhecer a obra de Pedro Chagas Freitas. E que bela prenda foi! O livro de então era “Eu Sou Deus” e o natal era o de 2016. No Janeiro seguinte já sabia que não podia ficar por ali e pesquisei o que mais havia deste autor. Dei de caras com este “In Sexus Veritas”. Ganhou logo o título de “Maior Calhamaço Lá de Casa”.
Dizer que temos de tudo se calhar é um exagero ou talvez até nem seja. Desde logo pelas personagens presentes: Um homem com poderes extra-sensoriais, um assassino artista, duas prostitutas (uma de corpo e outra de pensamentos), um trolha homossexual, um humorista deprimido e talvez o mais improvável de todos: um futebolista filósofo.
Como se tudo isto não fosse já suficiente ainda temos o autor a brincar com as palavras entre definições díspares de amor e um acontecimento, à primeira vista, trágico. As personagens vão-se interligando ao longo da história e aquilo que ao início parecem ser histórias independentes acabam por se cruzar de várias formas.
Se Pedro Chagas Freitas alguma vez tiver uma crise de ideias, esqueçam, o mundo vai acabar e já estamos nós, os humanos normais, todos senis. A forma como consegue no meio de toda a confusão que cria com o enredo, com as personagens ou com o jogo de palavras, chegar ao fim e tudo aquilo fazer sentido e ser ao mesmo tempo divertido à brava, é genial e uma das imagens de marca deste monstro da escrita (nota-se que sou fã?!).
Gostei muito deste livro e passei pelas suas mais de 1000 páginas a grande velocidade. Reconheço que tenha um tamanho intimidatório, e é por isso que aconselho a lerem um livro mais pequeno deste autor e depois, se gostarem, mandarem-se de cabeça a este calhamaço de boa escrita.
Digam de vossa justiça. Conhecem o autor? Já leram esta obra? Ou outra qualquer dele? Comentem, partilhem e boas leituras.