Olá a todos, sejam bem-vindos. Hoje vou responder à TAG que vi no Blog “Livros e Papel”. Se puderem, visitem, vale a pena. Os bilhetes são 0€ com a taxa do IVA a 6%, ou seja, um blogue de primeira necessidade para quem gosta de livros, como eu!
Olá a todos, bem-vindos a mais uma opinião, hoje temos “Pão de Açúcar” de Afonso Reis Cabral. Este jovem escritor foi o vencedor do prémio Leya com o livro “O Meu Irmão”. Livro esse que me foi oferecido e já me valeu uma reprimenda por ainda não o ter lido.
Este “Pão de Açúcar”, editado pela D.Quixote, foi a escolha para o mês de Outubro do Net Book Club, o novo clube literário idealizado e organizado pelo blogue “a mulher que ama livros”. Sigo este blogue desde que eu próprio pensei em criar o meu blogue. Esta mulher lê que se farta (quer dizer, não se farta de certeza, mas lê muito) e o blogue dela tem sempre muitas opiniões e sugestões para todos os gostos. Se não conhecem e gostam de livros (primeiro saiam da caverna) é um blogue de paragem obrigatória.
Voltando ao livro de hoje, ele leva-nos de volta ao ano de 2006, à história de um corpo resgatado de um poço com marcas de agressões e despido da cintura para baixo, num prédio abandonado. O corpo é de Gisberta, Gi para os amigos e assassinos, transexual e sem-abrigo, vive naquele prédio abandonado uma vida já de si miserável, de droga e doente, mas que com a descoberta por parte de Rafa, a nossa personagem principal, infelizmente irá piorar muito até ao desfecho trágico que se conhece.
“Acho que era Janeiro, até porque a data final disto é 22 de Fevereiro às oito e meia da manhã e, apesar de agora parecerem meses, a verdade é que não se passaram sequer sete semanas até as coisas acabarem.”
Olá a todos, hoje venho aqui responder a uma ideia espectacular criada pela mar (fiquei fã do blogue também, a lista "original" está aqui), mas da qual só tive conhecimento por um dos blogues que mais sigo: a mulher que ama livros (podem ver as suas escolhas aqui)! E agora vamos às minhas escolhas, espero que gostem!
1 - A pensar morreu um burro.
Um livro que enrolou, enrolou, enrolou e parecia nunca mais chegar ao fim.
"Quando o Cuco Chama", de Robert Galbraith, o pseudónimo de J. K. Rowling. Não sei o que se passou entre mim e este livro, acho que foi uma relação do tipo "não és tu, sou eu", mas lembro-me de não ter gostado nada. Se calhar a culpa foi mesmo minha, pelo menos tendo em conta as opiniões que tenho lido por essa Internet. É pouco provável que lhe dê uma segunda leitura, mas nunca se sabe...
2 - Mais vale tarde que nunca.
Um livro de que não estavas a gostar muito, mas depois *puff fez-se luz* teve um final muito bom.
"13 Envelopes Azuis", de Maureen Johnson. Foi uma leitura recente e que tendo em conta o conceito que origina o desenrolar da acção me deixou curioso. Achei até perto do final uma história banal, mas melhorou muito perto do fim. Foi um livro que foi do 8 ao 80!
3 - Antes só que mal acompanhado.
Um livro único (stand-alone) espetacular.
"13 Minutos" de Sarah Pinborough. Mais um 13, só que este é um 13 de muita sorte. Adorei este livro, e mesmo quando já estava satisfeito com o suposto final, ainda me conseguiram surpreender na última centena de páginas e tornar este livro um dos meus favoritos deste ano! Recomendo como se não houvesse amanhã!
4 - A galinha do vizinho é sempre melhor que a minha.
Um livro muitas vezes comparado a livros ou sagas populares, mas que ficou um pouco abaixo das expectativas.
"Escrito na Água" de Paula Hawkins. Desde logo por ser o segundo livro e talvez até por isso, as expectativas que carregava à conta do seu antecessor ( "A Rapariga no Comboio") fizeram com que ficasse um pouco abaixo das minhas expectativas. Gostei, mas não tanto como do primeiro livro da autora.
5 - Para bom entendedor meia palavra basta.
Um livro curto, mas bom.
"O Homem em Busca de um Sentido" de Viktor E. Frankl. Devorei este livro. A forma como nos relata as atrocidades que viveu nos campos de concentração é de deixar qualquer um que não passou por aquilo, espantado com a forma como além de conseguir sobreviver ainda conseguiu criar uma terapia que mostra como o fez. Livro enorme!
6 -Todos os caminhos vão dar a Roma.
Um livrou e/ou universo literário para o qual gostavas de viajar.
"Envelhenescer" de Pedro Chagas Freitas. Quem não gostaria de ser levado para um país onde em vez de envelhecer, ficássemos mais jovens?! Talvez os recém-nascidos não gostassem... É com base nesta ideia doida que se desenrola toda a história e nota-se que o autor pensou em como esta mudança iria afectar tudo e todos no Mundo.
7 - Quem te avisa teu amigo é.
Recomenda três livros.
"Estrada da Noite" de Kristin Hannah: Foi um livro que comprei pelo Círculo de Leitores quase por acaso e ainda bem que esse acaso me deu o prazer de ler este livro. Este livro mexeu comigo desde o início e a certa altura deixou-me com raiva duma personagem (é capaz de ter sido a única vez que isso aconteceu). Adorei e acho que isto nas mãos de um bom realizador daria um bom filme.
"Vozes de Chernobyl" de Svetlana Alexievich. Este por se basear em relatos da população afectada pelo desastre nuclear que se abateu sobre eles. Foi para mim, uma grande lição de que temos de pensar nas populações primeiro antes de andarmos a brincar com coisas muito perigosas. Escrito de forma magistral, sentimos a dor de cada uma das pessoas, e por isso é um livro que considero essencial, mas que nem todos podem conseguir aguentar!
"O Fim da Inocência" de Francisco Salgueiro. Este livro já deu origem a um filme (que ainda não vi), mas que para mim foi revelador e ao mesmo tempo assustador de ler a forma de pensar e agir da nossa juventude. Claro que não serão todos assim, mas eu pensava que nenhum jovem pensaria e agiria desta forma! Foi um grande abre-olhos para mim e acredito que o mesmo acontecerá a todos os que lerem este livro. Esperava que o cenário fosse mau, mas não tanto nem tão cedo.
Pronto chegámos a fim, espero que tenham gostado, comentem a vossa opinião sobre os livros que já leram, sobre outros que achem melhores ou mais marcantes para vocês. Agradecer novamente à criadora desta ideia muito original, visitem o blogue dela vale a pena! Muito obrigado.
Mais para ler
Devo confessar que a única razão da compra deste livro foi por ter escrito na capa “Prémio Nobel”. Concordamos que para nós, viciados em leitura, é razão mais que suficiente para valer o nosso investimento.
Depois o tema “Chernobyl”: o que realmente sabia eu sobre isso?! Basicamente sabia ser o local onde tinha acontecido um desastre nuclear.
Como é que esta obra ia dar “voz” ao tema não fazia a mínima ideia. Seria um romance baseado em factos verídicos?! Não, nem por sombras! Eram os relatos na primeira pessoa das vítimas envolvidas nesta tragédia.
Foi de relato em relato que se apoderou de mim um sentimento ambíguo. O livro é bom?! Muito! A escrita?! Melhor ainda. O conteúdo?! Desconcertante.
É preciso ter estômago para passar pelas mais de 300 páginas desta obra. A curiosidade em torno de mais obras desta autora aumenta na mesma proporção que cresce o medo de não aguentar mais nenhuma obra deste calibre.
Os relatos doem-nos. Deixam-nos tristes, estremecem-nos. E a mim particularmente deixa-me a pensar como é que somos tão insensíveis ao ponto de tratar assim Seres Humanos, como nós, quase como se fossem menos que lixo.
A forma como se pensa na energia nuclear (e atenção que nem perto estou de ser entendido ou especialista) como algo viável e que todas as medidas de segurança utilizadas vão ser suficientes para prevenir futuras catástrofes, só demonstra que não aprendemos nada com os nossos erros. Até porque aqueles que tomam as decisões estão sempre longe do epicentro destes desastres.
“Tá tudo controlado!” — Dirão eles. Até deixar de estar…
É um livro poderosíssimo e de leitura obrigatória. No entanto é bom que se previnam pois a jornada ao longo destas páginas é dura e pesada, e demonstra de forma crua e real aquilo porque todos os que viveram a tragédia passaram e como ainda hoje sofrem as consequências de um erro que não foi deles. Bom e mau demais ao mesmo tempo (se é que isto é possível).